20/12/2012

Reunião Final do Obs. da Juventude UFMG

 Último encontro do ano de 2012, nosso momento de reflexão e avanços do Observatório da Juventude UFMG. Estamos planejando e revendo todas nossas ações e projetos para atuarmos em 2013 (isso se o mundo não acabar). Mas se não acabar saibam, que estamos trabalhando muito para que o ano que envem seja melhor do que esta, cheio de realizações e avanços em todos nossas campos de atuação.

Aguardem em breve novidades...

29/11/2012

Lista das Oficinas _ Encontro Sábado _ Formatura

Veja abaixo a lista de curso que serão ministrados no sábado, fazendo parte da programação da nossa mostra de encerramento de 2012. Lembrando as inscrições serão por ordem de chegada, então se animou fazer alguma, cheque bem cedo e garanta sua vaga.

19/10/2012

Piquenique da Formação - dia 27/out

Boa tarde pessoal,

Então, vamos começar a encher a cesta para o nosso piquenique que será realizado no sábado (27 de outubro). Cada um pode aqui deixar um recadinho com o seu nome, turma e o que vai levar de lanche.

O nosso encontro esta marcado para as 9h em frente o Museu de Artes e Oficio (na Praça da Estação), primeiro vamos realizar uma visitas a alguns pontos da cidade e depois fazer o piquenique e ao final uma visita ao Museu.

Abraços..Ate lá!

17/10/2012

Novas Fotos do curso II semestre de 2012


Vejam clicando na imagem abaixo centenas de fotos do processo formativo das turmas do II semestre de 2012. Ainda é só o começo, já estamos em fase de finalização em breve mais fotos e nóticias quentissímas sobre a formatura.

Formação em Sala - FACEI -0451

07/06/2012

22/05/2012

















O curso Teias de Cidadania é organizado pelo Grupo Teia (Territórios, Educação Integral e Cidadania), da FAE/ UFMG e tem como objetivo construir um espaço de diálogo e troca de experiências entre aqueles e aquelas que, em lugares, tempos ofícios e propostas diversas, vão, coletivamente, construindo uma educação integral, direito de todos, e conquista de uma cidadania plena. O curso está voltado para educadores, professores, gestores, estagiários, agentes culturais e monitores dos programas Mais Educação e Escola Aberta.
Mais informações:  www.fae.ufmg.br/teia


03/04/2012

Insenção da taxa de Inscrição do Vestibular UFMG



Começaram ontem o Programa de Isenção da Taxa de Inscrição ao Vestibular (PITV) UFMG 2013. Os candidatos poderão ser beneficiados com isenção integral ou de 50% do valor da taxa. O programa se encerra no dia 20 de abril e a  inscrição será feita no site www.ufmg.br/copeve assim como toda a orientação a respeito da documentação necessária e critérios para a seleção estão descritos no edital.

28/03/2012

Minicursos gratuitos Instituto Metodista Izabela Hendrix


Minicursos gratuitos para docentes, oficineiros, estagiários  que gostaríamos de divulgar nas escolas municipais.  Os cursos são organizados e oferecidos gratuitamente pela licenciatura em Pedagogia e se destinam a oferecer oportunidades de formação continuada e de uma reflexão e debate sobre temas do campo das práticas pedagógicas e da educação de modo geral.
No folder de divulgação temos o link para as inscrições. Basta acessar  o site e fazer a inscrição online.

03/03/2012

Boa vindas ao participantes...

03/mar - Juarez Dayrell dando as boas vindas ao participantes - Foto: Fred Negro F.
Hoje, foi dia de abertura de mais uma modulo do Curso de Agentes Culturais do Escola Integrada, que é realizado pelo Observatório de Juventude da UFMG e conta com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte. E como de praxe tivemos um pouco de freestyle, bate-papo, reflexão e demais combinados. Contamos com a presença de dezenas de agentes de diversas escolas da rede municipal de ensino. O curso já começou com uma boa reflexão sobre a temática do "ver, ouvir e registrar" uma abordagem feita pelo Formador Francisco André Silva Martins (Chico). Neste encontro também tivemos a presença do Juarez Dayrell (Coordenador do Observatório e da Neuza Macedo (Coordenadora da SMED) que deram as boas vindas ao novos particpantes.

Só para lembrar ao participantes, não se esqueça do nosso "para vida" pois terça-feira tem mais...


Vejam mais fotos aqui em nossa página.

15/02/2012

PARA REFLETIR...


...Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino

Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos

Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!

Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino...
...Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada ...

14/02/2012

Inscrições para o Valores de Minas

O Plug Minas – Centro de Formação e Experimentação Digital recebe, até o dia 24 de fevereiro, inscrições para o processo seletivo do núcleo Valores de Minas. No total, serão disponibilizadas 500 vagas direcionadas a jovens de 14 a 24 anos, que estudam ou já se formaram na rede pública de ensino de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Até o momento, mais de 4 mil pessoas se cadastraram gratuitamente pelo site.

O núcleo Valores de Minas é o mais antigo entre todos do Plug Minas e é mantido em parceria com Servas, Fiat, Cemig, Sintram, BMG e Shell. Nele, são realizadas aulas de teatro, dança, circo, artes visuais e música, além de disciplinas teóricas como filosofia e linguagens. Ao final do curso, os estudantes participam de um grande espetáculo multidisciplinar que encerra as atividades do ano.

Acesse:http://www.plugminas.mg.gov.br/

13/02/2012

Oficina Invenção de práticas do não saber

Oficina Invenção de práticas do não saber, atração da sexta edição do Festival de Verão da UFMG,  tem como objetivo levar crianças e adolescentes de oito a 13 anos a lançarem um novo olhar para o espaço público urbano. A oficina tem como proposta experimentar a rua do modo como ela se apresenta, descobrindo os recursos, as pessoas e seus usos.

Ver mais: http://www2.ufmg.br/festivaldeverao/Festival/Oficinas/Projetos-Especiais/Invencao-de-Praticas-do-Nao-Saber

11/02/2012

Inscrições abertas para o “Intervenção” na Serra


A proposta do projeto é dar uma formação que trabalha com conceitos como arte contemporânea, tecnologia, graffiti e cidade. 

Estão  abertas as inscrições para o 6° Festival de verão da UFMG

Maiores informações no site:
http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=5149

08/02/2012


TEXTO DE RUBEN ALVES

" Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche freqüentemente eram também atacados por eles. Digo 'atacados' porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: 'Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas'

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e as domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres... Sentir alegria ao sair da casa para ir para escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha junto com os tigres.
Nos tempos da minha infância eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre nos vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensangüentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.
Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas?
Me falaram sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes é preciso que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor.
Mas, eu pergunto: Nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?
O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação se cria mecanismos, provas, avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.
Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é 'dígrafo'? E os usos da partícula 'se'? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase 'Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante'? Qual a utilidade da palavra 'mesóclise'? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: 'fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira...'
O sujeito da educação é o corpo porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era 'ferramenta' e 'brinquedo' do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender 'ferramentas', aprender 'brinquedos'.
'Ferramentas' são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. 'Brinquedos' são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da 9ª sinfonia. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.
Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos, está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria que perguntar: 'Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?' Se não for é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos. Há esperança... "  Rubem Alves.

     Para refletir:    


  A MENINA DO VESTIDO AZUL


Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.

Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: Suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo.

Assim raciocinou o mestre: "É uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito.

Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul."

Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe não achou razoável que, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas.

Ao fim de uma semana, disse o pai:

"Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços?

Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?"

E assim fez o humilde casal.

Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências.

Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um político que, bem impressionado, disse:

"É lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo".

E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro.

Dessa primeira comissão surgiram outras, elas visavam ajudar na melhora dos bairros.

E pensar que tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele simples professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados. Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação. É difícil reconstruir um bairro sozinho, mas é possível dar um "vestido azul".

Autor desconhecido

30/01/2012

INSCRIÇÕES PARA A 4º TURMA DA FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS DA ESCOLA INTEGRADA

Começará amanhã as inscrições para  o Curso Formação de Agentes Culturais da Escola Integrada.
Informe aos agentes culturais de sua escola para que  venham se cadastrar  o quanto antes, pois as vagas são limitadas.

OBS: os formulários para o cadastro estará disponível  em:   tiny.cc/integrada apartir do 01/02/12

Informações: formacaoescolaintegradaufmg@gmail.com


“Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. Ensinar exige liberdade e autoridade”. Paulo Freire
Este projeto trata da realização de uma websérie sobre a diversidade cultural e social encontrada em Belo Horizonte. Serão produzidos 45 curta-metragens com participação dos alunos dos cursos de cinema ministrados nos 15 Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Inscreva-se pelo site ou nos Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.


Informações: 
(31) 3409-7472 ou (31) 9998-6985

27/01/2012


Cidade se fecha para a juventude, analisa Juarez Dayrell


"A cidade está privatizada", afirma o professor Juarez Dayrell. Sociólogo com mestrado e doutorado em Educação, e pós-doutorado em Ciências Sociais, nesta entrevista ao Portal UFMG ele fala sobre o encontro A juventude Okupa a cidade e afirma que os jovens usam a irreverência como forma de participação política.


A relação escola-cidade garante uma Cidade Educadora?

                                                                                                   Natacha Costa 
A relação escola-cidade garante uma Cidade Educadora?
"A cidade educadora deve exercer e desenvolver esta função [de educadora] paralelamente às suas funções tradicionais (econômica, social, política de prestação de serviços), tendo em vista a formação, a promoção e o desenvolvimento de todos os seus habitantes".
(....)
"As razões que justificam esta função [educadora] são de ordem social, econômica e política, sobretudo orientadas por um projeto cultural e de formação, eficaz e participativo"
Carta das Cidades Educadoras
Proposta Definitiva, novembro de 2004.
As 13 cidades brasileiras filiadas à rede têm desenvolvido projetos extremamente interessantes e audaciosos que buscam a ampliação do fazer educativo para além das questões curriculares, buscando a integração do mesmo ao contexto local, a garantia à expressão e inclusão dos diferentes grupos, a melhoria das condições estruturais das escolas e espaços públicos. São muitos os projetos desenvolvidos que parecem proporcionar vivências coletivas e participação ativa de diversos atores, condições essenciais à construção de uma cidade educadora.
Porém, é de fundamental importância atentar para a tendência demonstrada da centralidade da escola nos processos propostos de cidade educadora no Brasil.
A questão da cidade educadora deve ser entendida como uma gestão diferenciada de cidade, em que se garante aos seus habitantes, ao longo da vida e "em condições de liberdade e igualdade, os meios e oportunidades de formação, entretenimento e desenvolvimento pessoal" (Carta das Cidades Educadoras).
A Cidade Educadora nos encoraja a indagar, por exemplo, como os profissionais e agentes da saúde, médicos e enfermeiros podem incorporar uma intencionalidade educativa que evite - a partir da transmissão clara e efetiva da informação -, que uma mãe tenha que levar o seu filho ao hospital interminavelmente porque não sabe como agir para que o filho não adoeça. Como profissionais da comunicação, publicitários, jornalistas, podem usar seus conhecimentos e canais para transmitir informações sobre a cidade e sobre o mundo com qualidade, buscando contribuir para a mobilização e formação cidadã dos cidadãos. Como um policial pode assumir uma atitude de orientação e suporte à população, contribuindo para relações mais horizontais e humanas, ao invés de ter uma ação reduzida à repressão calcada no valor do poder, da verticalidade e da violência. Como os motoristas em geral, de ônibus, táxis e particulares, podem respeitar os pedestres e os usuários, conduzindo com segurança, colaborando com informações e idéias sobre a qualificação das vias, preservando vidas. Como as mães, pais, filhos e avós podem se envolver com ações nas suas comunidades, seja promovendo encontros, discussões sobre os desafios locais ou simplesmente respeitando os espaços públicos e os seus concidadãos, preservando as condições de liberdade e igualdade de todos. Como os empresários podem atuar de forma responsável social e ambientalmente, inserindo a dimensão educativa em suas atuações. Como o poder público se compromete de fato com a população, privilegiando uma comunicação efetiva e interlocução clara, em que as pessoas saibam com quem falar e onde obter informações, onde a participação e o ético equilíbrio entre direitos e deveres prevaleçam.
O atual sentimento de orfandade ou indiferença em relação à questão pública precisa ser superado através da possibilidade dos cidadãos se sentirem parte das decisões e do poder público garantir instâncias efetivas de participação e condições para a compreensão dos processos. Como vimos em Santo André, não basta entregar o cartão do Programa Bolsa Família às pessoas, se elas não souberem como proceder. É necessário lançar mão de estratégias para garantir que a população se aproprie do processo, como fez a prefeitura da cidade que disponibilizou um atendimento individualizado aos beneficiários do programa para que aprendessem efetivamente a usar o sistema. A autonomia é, portanto, não apenas garantida pelos recursos financeiros, mas pela garantia de o cidadão ser protagonista da sua história.
Os três princípios descritos na Carta, "o Direito a uma cidade educadora",  "o Compromisso da Cidade" e o "Serviço Integral das Pessoas" demonstram que se trata de um projeto de CIDADE, do qual a escola é parte. Como coloca Pilar Figueras, secretária-geral da Associação Internacional de Cidades Educadoras, a questão da relação escola-cidade "faz parte da constelação temática que reflete o conceito 'cidade educadora'. Abre uma janela. Será interessante abrir, sucessivamente, outras muitas que nos permitam explorar os distintos caminhos que possam ser transitados para conseguir que nossas cidades sejam cada dia mais educadoras"
Não se pode deixar de reconhecer que dentro desse processo a escola tem um papel proeminente.  É pressuposto importante que a escola deve rever seu currículo continuamente, adaptando-o ao contexto da comunidade em que está inserida, inovando suas práticas, indo além dos seus muros, incluindo as novas tecnologias e mídias no seu trabalho, garantindo condições para que o saber e o desenvolvimento pessoal e social sejam valores indiscutíveis para sua comunidade escolar. Nesse sentido, o trabalho da escola colabora indiscutivelmente para o sucesso da construção de cidades que se desejam educadoras.
Porém, o conceito de Cidade Educadora vai além. Ele pressupõe a intencionalidade educativa das políticas públicas em geral, entendidas de forma ampla e não apenas por parte das secretarias municipais de educação.
Assim, as cidades brasileiras só poderão efetivamente ser Cidades Educadoras quando seus governos locais garantirem um caráter educativo, integrador e plural às suas ações como um todo. Delegar, única e exclusivamente ou predominantemente, à escola a função da promoção de uma cidade educadora, além de conceitualmente equivocada, caracteriza um desafio injusto e intransponível para a mesma.
*Texto escrito por Natacha Costa e  retirado do site:

GAIOLAS E ASAS

foto de Rubem Alves
"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."



Rubem Alves
(Filósofo, Teólogo, Educador e Psicanalista )


Este vídeo mostra  um processo de ensino- aprendizagem baseado na construção do saber, onde o educador  media e  orienta seu educando na busca pelo conhecimento o incentivando a autonomia.


Entrevista com a socióloga Helena Wendel Abramo


Fazendo cultura, de olho na cidade


Link: http://www.acaoeducativa.org.br/index.php/juventude/37-juventude-e-participacao/10004273-fazendo-cultura-de-olho-na-cidade

26/01/2012

A origem do conceito de educação integral
Por mais que pareça um assunto contemporâneo, a concepção de escola integral ou educação integral remonta à Antiguidade clássica, mais precisamente ao conceito de educação da Grécia Antiga, que buscava uma formação do homem como um todo: estético, moral, ético, metafísico, físico. De acordo com a pesquisadora Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho, em seu artigo "História(s) da Educação Integral", publicado no periódico Em Aberto nº 80, "esse modo (dos gregos) de ver e perceber a formação do homem corresponde à natureza do que denominamos de educação integral: uma perspectiva que não hierarquiza experiências, saberes, conhecimentos". Ainda em seu artigo, a pesquisadora aponta que a educação integral só voltou a ser discutida de maneira mais organizada a partir do século 18, à luz dos ideais da Revolução Francesa, e recebeu contribuições teóricas e práticas ao longo dos dois séculos seguintes, com pensadores como o anarquista Mikhail Bakunin, ou, no Brasil, Anísio Teixeira, passando pela ideia de formação defendida pelos integralistas na década de 1930: "espiritualidade, o nacionalismo cívico e a disciplina".
Foi em Salvador que foi colocada em prática a primeira experiência a partir da concepção de ensino integral de Anísio Teixeira, baseada não só na aprendizagem dos conteúdos básicos, mas também de ofícios e no oferecimento de alimentação e hábitos de saúde adequados. O Centro Educacional Carneiro Ribeiro, implantado em 1953, tinha como objetivo promover uma formação completa em um ambiente escolar que compartilhava espaço com a chamada Escola-Parque, com pavilhões dedicados ao esporte, biblioteca, restaurante e outros equipamentos de lazer e de cunho social. A experiência, porém, permaneceu isolada.
Entre os anos de 1984 e 1994, foram construídos no Rio de Janeiro cerca de 500 Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), projetados por Oscar Niemeyer e concebidos pelo então secretário de Educação Darcy Ribeiro para funcionar das 8h às 17h e atender, especialmente, as crianças de classes mais carentes. Os centros, que previam um espaço comum tanto para as atividades escolares regulares como para as atividades extras, ficaram conhecidos por "Brizolões", pois foram criados durante a gestão do então governador Leonel Brizola. No início da década de 1990, as novas unidades passaram a ser denominadas Ciacs (Centros Integrados de Atendimento à Criança) e depois Caics (Centros de Atenção Integral às Crianças).

Texto retirado da revista Educação. 

25/01/2012

A ESCOLA NA CIDADE QUE EDUCA

                                                                                                                            Moacir Gadotti (*)
Pode a cidade educar?
A julgar pelos que defendem o conceito e a prática da “cidade educadora”, a resposta é
sim. Esse conceito consolidou-se no início da década de 90, em Barcelona, na Espanha, onde se
realizou o primeiro Congresso Internacional das Cidades Educadoras. Esse Congresso aprovou
uma Carta de princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa. Várias cidades
brasileiras são membros da Associação Internacional de Cidades Educadoras: Belo Horizonte
(MG), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MT), Pilar (PB), Porto Alegre (RS), Piracicaba (SP),
Alvorada (RS) e Campo Novo do Parecis (MT). Foi Porto Alegre, onde nasceu o “Fórum Social
Mundial”, que deu a partida, integrando desde o ano 2001, o “Movimento das Cidades
Educadoras”, iniciando uma nova caminhada nessa associação1. É a cidade como espaço de
cultura educando a escola e todos os seus espaços e a escola, como palco do espetáculo da vida,
educando a cidade numa troca de saberes e de competências.
Em 2004 a Cidade de São Paulo candidatou-se para fazer parte da rede de Cidades
Educadoras e apresentou o projeto CEU (Centro Educacional Unificado) como um exemplo
concreto de construção da cidade educadora. O projeto dos CEUs foi concebido como uma
proposta intersetorial, somando a atuação de diversas áreas, como: meio ambiente, educação,
emprego e renda, participação popular, desenvolvimento local, saúde, cultura, esporte e lazer,
inspirados na concepção de equipamento urbano agregador da comunidade, com uma visão de
educação que transcende a sala de aula e o espaço escolar para se estender a toda a cidade.
Situados todos nas periferias da cidade de São Paulo, os CEUS além de serem utilizados pelas
comunidades como seus espaços de organização e de apoio na sua constituição como sujeitos
sociais, eles se constituem em espaços de afirmação de direitos e de promoção da cidadania. Os
CEUs fundam-se no conceito de educação com qualidade social.
A cidade dispõe de inúmeras possibilidades educadores. A vivência na cidade se
constitui num espaço cultural de aprendizagem permanente por si só. Mas a cidade pode ser
“intencionalmente” educadora. Uma cidade pode ser considerada como uma cidade que educa,
quando, além de suas funções tradicionais – econômica, social, política e de prestação de
serviços – ela exerce uma nova função cujo objetivo é a formação para e pela cidadania. Para
uma cidade ser considerada educadora ela precisa promover e desenvolver o protagonismo de
todos e de todas – crianças, jovens, adultos, idosos – na busca de um novo direito, o direito à
cidade educadora.
O que é educar para a cidadania? A resposta a essa pergunta depende da resposta à outra
pergunta: o que é cidadania? Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de
direitos e deveres e exercício da democracia: direitos civis, como segurança e locomoção;
direitos sociais, como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação, etc. direitos políticos,
como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos, etc.
Não há cidadania sem democracia. O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo.
Em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabelecia as primeiras normas
para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Nascia a cidadania como uma conquista
liberal. Hoje o conceito de cidadania é mais complexo. Com a ampliação dos direitos, nasce

também uma concepção mais ampla de cidadania. 

O CAMINHO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL

Arte, cultura e juventude: caminho para o desenvolvimento pessoal e social

ARTIGOS PARA LEITURA;

Arte, cultura e juventude: caminho para o desenvolvimento pessoal e social

14/01/2012

A secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC), Márcia Rollemberg, anunciou a realização do Edital Prêmio Agente Jovem de Cultura: Diálogos e Ações interculturais, que vai conceder 500 prêmios, para iniciativas culturais já realizadas e concluídas, propostas por jovens agentes culturais de todo o país. 
Maiores informações : www.cultura.gov.br

12/01/2012

Fica aí uma ótima dica para atividades culturais nas férias.
Maiores informações: 3222- 10-49 ou no site : www.sinparc.com.br/campanha2012/espetaculos.php