30/01/2012

INSCRIÇÕES PARA A 4º TURMA DA FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS DA ESCOLA INTEGRADA

Começará amanhã as inscrições para  o Curso Formação de Agentes Culturais da Escola Integrada.
Informe aos agentes culturais de sua escola para que  venham se cadastrar  o quanto antes, pois as vagas são limitadas.

OBS: os formulários para o cadastro estará disponível  em:   tiny.cc/integrada apartir do 01/02/12

Informações: formacaoescolaintegradaufmg@gmail.com


“Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. Ensinar exige liberdade e autoridade”. Paulo Freire
Este projeto trata da realização de uma websérie sobre a diversidade cultural e social encontrada em Belo Horizonte. Serão produzidos 45 curta-metragens com participação dos alunos dos cursos de cinema ministrados nos 15 Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Inscreva-se pelo site ou nos Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.


Informações: 
(31) 3409-7472 ou (31) 9998-6985

27/01/2012


Cidade se fecha para a juventude, analisa Juarez Dayrell


"A cidade está privatizada", afirma o professor Juarez Dayrell. Sociólogo com mestrado e doutorado em Educação, e pós-doutorado em Ciências Sociais, nesta entrevista ao Portal UFMG ele fala sobre o encontro A juventude Okupa a cidade e afirma que os jovens usam a irreverência como forma de participação política.


A relação escola-cidade garante uma Cidade Educadora?

                                                                                                   Natacha Costa 
A relação escola-cidade garante uma Cidade Educadora?
"A cidade educadora deve exercer e desenvolver esta função [de educadora] paralelamente às suas funções tradicionais (econômica, social, política de prestação de serviços), tendo em vista a formação, a promoção e o desenvolvimento de todos os seus habitantes".
(....)
"As razões que justificam esta função [educadora] são de ordem social, econômica e política, sobretudo orientadas por um projeto cultural e de formação, eficaz e participativo"
Carta das Cidades Educadoras
Proposta Definitiva, novembro de 2004.
As 13 cidades brasileiras filiadas à rede têm desenvolvido projetos extremamente interessantes e audaciosos que buscam a ampliação do fazer educativo para além das questões curriculares, buscando a integração do mesmo ao contexto local, a garantia à expressão e inclusão dos diferentes grupos, a melhoria das condições estruturais das escolas e espaços públicos. São muitos os projetos desenvolvidos que parecem proporcionar vivências coletivas e participação ativa de diversos atores, condições essenciais à construção de uma cidade educadora.
Porém, é de fundamental importância atentar para a tendência demonstrada da centralidade da escola nos processos propostos de cidade educadora no Brasil.
A questão da cidade educadora deve ser entendida como uma gestão diferenciada de cidade, em que se garante aos seus habitantes, ao longo da vida e "em condições de liberdade e igualdade, os meios e oportunidades de formação, entretenimento e desenvolvimento pessoal" (Carta das Cidades Educadoras).
A Cidade Educadora nos encoraja a indagar, por exemplo, como os profissionais e agentes da saúde, médicos e enfermeiros podem incorporar uma intencionalidade educativa que evite - a partir da transmissão clara e efetiva da informação -, que uma mãe tenha que levar o seu filho ao hospital interminavelmente porque não sabe como agir para que o filho não adoeça. Como profissionais da comunicação, publicitários, jornalistas, podem usar seus conhecimentos e canais para transmitir informações sobre a cidade e sobre o mundo com qualidade, buscando contribuir para a mobilização e formação cidadã dos cidadãos. Como um policial pode assumir uma atitude de orientação e suporte à população, contribuindo para relações mais horizontais e humanas, ao invés de ter uma ação reduzida à repressão calcada no valor do poder, da verticalidade e da violência. Como os motoristas em geral, de ônibus, táxis e particulares, podem respeitar os pedestres e os usuários, conduzindo com segurança, colaborando com informações e idéias sobre a qualificação das vias, preservando vidas. Como as mães, pais, filhos e avós podem se envolver com ações nas suas comunidades, seja promovendo encontros, discussões sobre os desafios locais ou simplesmente respeitando os espaços públicos e os seus concidadãos, preservando as condições de liberdade e igualdade de todos. Como os empresários podem atuar de forma responsável social e ambientalmente, inserindo a dimensão educativa em suas atuações. Como o poder público se compromete de fato com a população, privilegiando uma comunicação efetiva e interlocução clara, em que as pessoas saibam com quem falar e onde obter informações, onde a participação e o ético equilíbrio entre direitos e deveres prevaleçam.
O atual sentimento de orfandade ou indiferença em relação à questão pública precisa ser superado através da possibilidade dos cidadãos se sentirem parte das decisões e do poder público garantir instâncias efetivas de participação e condições para a compreensão dos processos. Como vimos em Santo André, não basta entregar o cartão do Programa Bolsa Família às pessoas, se elas não souberem como proceder. É necessário lançar mão de estratégias para garantir que a população se aproprie do processo, como fez a prefeitura da cidade que disponibilizou um atendimento individualizado aos beneficiários do programa para que aprendessem efetivamente a usar o sistema. A autonomia é, portanto, não apenas garantida pelos recursos financeiros, mas pela garantia de o cidadão ser protagonista da sua história.
Os três princípios descritos na Carta, "o Direito a uma cidade educadora",  "o Compromisso da Cidade" e o "Serviço Integral das Pessoas" demonstram que se trata de um projeto de CIDADE, do qual a escola é parte. Como coloca Pilar Figueras, secretária-geral da Associação Internacional de Cidades Educadoras, a questão da relação escola-cidade "faz parte da constelação temática que reflete o conceito 'cidade educadora'. Abre uma janela. Será interessante abrir, sucessivamente, outras muitas que nos permitam explorar os distintos caminhos que possam ser transitados para conseguir que nossas cidades sejam cada dia mais educadoras"
Não se pode deixar de reconhecer que dentro desse processo a escola tem um papel proeminente.  É pressuposto importante que a escola deve rever seu currículo continuamente, adaptando-o ao contexto da comunidade em que está inserida, inovando suas práticas, indo além dos seus muros, incluindo as novas tecnologias e mídias no seu trabalho, garantindo condições para que o saber e o desenvolvimento pessoal e social sejam valores indiscutíveis para sua comunidade escolar. Nesse sentido, o trabalho da escola colabora indiscutivelmente para o sucesso da construção de cidades que se desejam educadoras.
Porém, o conceito de Cidade Educadora vai além. Ele pressupõe a intencionalidade educativa das políticas públicas em geral, entendidas de forma ampla e não apenas por parte das secretarias municipais de educação.
Assim, as cidades brasileiras só poderão efetivamente ser Cidades Educadoras quando seus governos locais garantirem um caráter educativo, integrador e plural às suas ações como um todo. Delegar, única e exclusivamente ou predominantemente, à escola a função da promoção de uma cidade educadora, além de conceitualmente equivocada, caracteriza um desafio injusto e intransponível para a mesma.
*Texto escrito por Natacha Costa e  retirado do site:

GAIOLAS E ASAS

foto de Rubem Alves
"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."



Rubem Alves
(Filósofo, Teólogo, Educador e Psicanalista )


Este vídeo mostra  um processo de ensino- aprendizagem baseado na construção do saber, onde o educador  media e  orienta seu educando na busca pelo conhecimento o incentivando a autonomia.


Entrevista com a socióloga Helena Wendel Abramo


Fazendo cultura, de olho na cidade


Link: http://www.acaoeducativa.org.br/index.php/juventude/37-juventude-e-participacao/10004273-fazendo-cultura-de-olho-na-cidade

26/01/2012

A origem do conceito de educação integral
Por mais que pareça um assunto contemporâneo, a concepção de escola integral ou educação integral remonta à Antiguidade clássica, mais precisamente ao conceito de educação da Grécia Antiga, que buscava uma formação do homem como um todo: estético, moral, ético, metafísico, físico. De acordo com a pesquisadora Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho, em seu artigo "História(s) da Educação Integral", publicado no periódico Em Aberto nº 80, "esse modo (dos gregos) de ver e perceber a formação do homem corresponde à natureza do que denominamos de educação integral: uma perspectiva que não hierarquiza experiências, saberes, conhecimentos". Ainda em seu artigo, a pesquisadora aponta que a educação integral só voltou a ser discutida de maneira mais organizada a partir do século 18, à luz dos ideais da Revolução Francesa, e recebeu contribuições teóricas e práticas ao longo dos dois séculos seguintes, com pensadores como o anarquista Mikhail Bakunin, ou, no Brasil, Anísio Teixeira, passando pela ideia de formação defendida pelos integralistas na década de 1930: "espiritualidade, o nacionalismo cívico e a disciplina".
Foi em Salvador que foi colocada em prática a primeira experiência a partir da concepção de ensino integral de Anísio Teixeira, baseada não só na aprendizagem dos conteúdos básicos, mas também de ofícios e no oferecimento de alimentação e hábitos de saúde adequados. O Centro Educacional Carneiro Ribeiro, implantado em 1953, tinha como objetivo promover uma formação completa em um ambiente escolar que compartilhava espaço com a chamada Escola-Parque, com pavilhões dedicados ao esporte, biblioteca, restaurante e outros equipamentos de lazer e de cunho social. A experiência, porém, permaneceu isolada.
Entre os anos de 1984 e 1994, foram construídos no Rio de Janeiro cerca de 500 Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), projetados por Oscar Niemeyer e concebidos pelo então secretário de Educação Darcy Ribeiro para funcionar das 8h às 17h e atender, especialmente, as crianças de classes mais carentes. Os centros, que previam um espaço comum tanto para as atividades escolares regulares como para as atividades extras, ficaram conhecidos por "Brizolões", pois foram criados durante a gestão do então governador Leonel Brizola. No início da década de 1990, as novas unidades passaram a ser denominadas Ciacs (Centros Integrados de Atendimento à Criança) e depois Caics (Centros de Atenção Integral às Crianças).

Texto retirado da revista Educação. 

25/01/2012

A ESCOLA NA CIDADE QUE EDUCA

                                                                                                                            Moacir Gadotti (*)
Pode a cidade educar?
A julgar pelos que defendem o conceito e a prática da “cidade educadora”, a resposta é
sim. Esse conceito consolidou-se no início da década de 90, em Barcelona, na Espanha, onde se
realizou o primeiro Congresso Internacional das Cidades Educadoras. Esse Congresso aprovou
uma Carta de princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa. Várias cidades
brasileiras são membros da Associação Internacional de Cidades Educadoras: Belo Horizonte
(MG), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MT), Pilar (PB), Porto Alegre (RS), Piracicaba (SP),
Alvorada (RS) e Campo Novo do Parecis (MT). Foi Porto Alegre, onde nasceu o “Fórum Social
Mundial”, que deu a partida, integrando desde o ano 2001, o “Movimento das Cidades
Educadoras”, iniciando uma nova caminhada nessa associação1. É a cidade como espaço de
cultura educando a escola e todos os seus espaços e a escola, como palco do espetáculo da vida,
educando a cidade numa troca de saberes e de competências.
Em 2004 a Cidade de São Paulo candidatou-se para fazer parte da rede de Cidades
Educadoras e apresentou o projeto CEU (Centro Educacional Unificado) como um exemplo
concreto de construção da cidade educadora. O projeto dos CEUs foi concebido como uma
proposta intersetorial, somando a atuação de diversas áreas, como: meio ambiente, educação,
emprego e renda, participação popular, desenvolvimento local, saúde, cultura, esporte e lazer,
inspirados na concepção de equipamento urbano agregador da comunidade, com uma visão de
educação que transcende a sala de aula e o espaço escolar para se estender a toda a cidade.
Situados todos nas periferias da cidade de São Paulo, os CEUS além de serem utilizados pelas
comunidades como seus espaços de organização e de apoio na sua constituição como sujeitos
sociais, eles se constituem em espaços de afirmação de direitos e de promoção da cidadania. Os
CEUs fundam-se no conceito de educação com qualidade social.
A cidade dispõe de inúmeras possibilidades educadores. A vivência na cidade se
constitui num espaço cultural de aprendizagem permanente por si só. Mas a cidade pode ser
“intencionalmente” educadora. Uma cidade pode ser considerada como uma cidade que educa,
quando, além de suas funções tradicionais – econômica, social, política e de prestação de
serviços – ela exerce uma nova função cujo objetivo é a formação para e pela cidadania. Para
uma cidade ser considerada educadora ela precisa promover e desenvolver o protagonismo de
todos e de todas – crianças, jovens, adultos, idosos – na busca de um novo direito, o direito à
cidade educadora.
O que é educar para a cidadania? A resposta a essa pergunta depende da resposta à outra
pergunta: o que é cidadania? Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de
direitos e deveres e exercício da democracia: direitos civis, como segurança e locomoção;
direitos sociais, como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação, etc. direitos políticos,
como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos, etc.
Não há cidadania sem democracia. O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo.
Em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabelecia as primeiras normas
para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Nascia a cidadania como uma conquista
liberal. Hoje o conceito de cidadania é mais complexo. Com a ampliação dos direitos, nasce

também uma concepção mais ampla de cidadania. 

O CAMINHO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL

Arte, cultura e juventude: caminho para o desenvolvimento pessoal e social

ARTIGOS PARA LEITURA;

Arte, cultura e juventude: caminho para o desenvolvimento pessoal e social

14/01/2012

A secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC), Márcia Rollemberg, anunciou a realização do Edital Prêmio Agente Jovem de Cultura: Diálogos e Ações interculturais, que vai conceder 500 prêmios, para iniciativas culturais já realizadas e concluídas, propostas por jovens agentes culturais de todo o país. 
Maiores informações : www.cultura.gov.br

12/01/2012

Fica aí uma ótima dica para atividades culturais nas férias.
Maiores informações: 3222- 10-49 ou no site : www.sinparc.com.br/campanha2012/espetaculos.php